Em primeiro
lugar, gostaria de lhe dar os parabéns pelo Blog. Tenho acompanhado seus
posicionamentos sempre diretos e autênticos. Precisamos mesmo de posturas como
a sua se queremos continuar mudando (até porque já mudamos) o status quo da
Educação Física.
Me permita
nobre amigo, uma colocação e, quem sabe, uma sugestão:
A separação
entre os cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, na verdade,
se deu em 87, através da resolução nº 3 do extinto CFE. E não foi uma discussão
que teve início nas Universidades Privadas, pelo contrário, nasceu a partir das
Universidades Públicas, notadamente a UFRJ (eu estava lá!!!!!).
Em 2002,
através das Resoluções 001 e 002, foram separados os demais cursos que,
similarmente à Educação Física, atuam no campo escolar e não-escolar, por
exemplo, História, Biologia, Geografia, Matemática etc.
Em síntese, não
é só a Educação Física que vive essa situação. Todos os demais componentes
curriculares também devem seguir a mesma resolução.
Pensemos
juntos: o que justificaria a existência de dois cursos distintos: Licenciatura
e Bacharelado, se a atuação no mercado de trabalho fosse a mesma?
Já tive a
oportunidade de dizer isso: formar um profissional para atuar em uma Academia
ou com desporto de alto rendimento é completamente diferente de formar um
profissional para atuar na Educação Básica, e nesse sentido, concordo com dois
currículos e formações autônomas.
O problema, em
minha humilde opinião, não está na separação dos cursos em si, mas sim, na
adaptação meramente econômica que algumas Universidades fizeram com o objetivo
de burlar a norma vigente, ou seja, ao invés de dois currículos autônomos temos
dois (na verdade um) currículos sobrepostos.
Além disso, e
aí você está coberto de razão, com a atuação do CONFEF junto ao CNE, foi
aprovada a Resolução 07/2004 que representou um retrocesso em toda a discussão
que vinha sendo realizada até então em nossa área. A Resolução 07 é um balaio
de gatos, que confunde conceitos básicos e cria nomenclaturas completamente
desvirtuadas daquelas utilizadas pela Educação Brasileira, colocando a Educação
Física em uma posição de inferioridade acadêmica diante de outras áreas.
Continuou tudo
como d´antes no quartel de Abrantes, ou até pior.
A sugestão
seria: não poderíamos fazer um seminário, encontro, conversa, sei lá o nome,
para discutirmos essa questão? Não seria um bom tema para a Câmara de IES? (Câmara
de Instituições do Ensino Superior do CREF1) grifo nosso.
Um forte
abraço.”
Roberto Corrêa.
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