Como explicar que presidentes de Conselhos, Sindicatos ou de Confederações fiquem no poder até sua morte, ou que saiam quando
bem desejar?
Pasmem! parece piada é inacreditável, mas constatamos que os ditadores, os populistas estão se perpetuando no esporte e na Educação Física. Por mais incrível que possa parecer, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, Sr. Nicolas Leóz, que está no poder há 25 anos seguidos, agora, por aclamação presidente vitalício. Ficou decidido que o dirigente Nicolas, de forma oficial, só deixará o cargo quando morrer ou no dia em que ele resolver sair, ou seja, nunca!!! Sem resistência, sem opositores!
E nem tem como fazer oposição, já que os estatutos desses tipos de organização - e isso inclui todas as organizações esportivas do Brasil - são feitos de forma com que ninguém tenha condições sequer de concorrer, repito concorrer, porque vencer é simplesmente impossível.
E o pior: todos os envolvidos alegam que o processo é democrático...HUM!! Me leva a constatar que a mesma estratégia, está acontecendo na Educação Física. Vejamos: Tentem montar uma chapa para concorrer às eleições do Conselho Federal de Educação Física. Tentem tirar o grupo que está no poder há 14 anos e que confeccionou um estatuto para ficar mais quantos anos desejarem...Tentem!!!!!
É quase impossível. A cada ano, cercam-se de todas as formas para impedir que qualquer pessoa participe do processo eleitorial. Tudo é claro, com beneplácito de todos os CREFs, com exceção dos CREFs do Rio de Janeiro/Espírito Santo e do Rio Grande do Sul.
Mas isto não acontece somente nos Conselhos de Educação Física. Os sindicatos pelegos e patronais também utilizam esses métodos e prosperam no mundo esportivo, fomando uma grande cadeia de exploração da categoria profissional. São milhões e milhões de reais...Só no Conselho Federal de Educação Física, foram gastos mais de 25 milhões em propaganda, nos últimos 05 anos! E o pior de tudo, utilizados para promover políticos sempre envolvidos com denúncias de irregularidades e dirigentes esportivos que respondem por crimes diversos, inclusive o mais grave que assola o nosso país: corrupção.
Não temos outro caminho: Temos que enfrentar, utilizando a rede social, como vigilantes da sociedade, resistindo a esses feudos, para evitar que a Educação Física seja impregnada por essa conduta perversa de continuidade, até porque o pilar de uma democraria é a alternância do poder.